quinta-feira, 2 de julho de 2009

Ouvir os Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém

Ana Gomes, Domingos Quintas e os quatro candidatos às Juntas de Freguesia da cidade pelo Partido Socialista (Manuel Rocha – Agualva, Leonor Vieira – Cacém, Ricardo Varandas – Mira Sintra e Cristina Mesquita – São Marcos), estiveram reunidos, no dia 30 de Junho, com a direcção da Associação e o comandante do corpo de bombeiros de Agualva–Cacém, sobretudo para ouvir quem trabalha no terreno. As necessidades da associação, as deficiências materiais da corporação, os problemas graves que enfrentam, todos os dias, na sua área de intervenção, que abarca cinco freguesias – Agualva, Cacém, Mira Sintra, São Marcos e Rio de Mouro, e que conta com cerca de 170 mil habitantes.
Para Luís Silva, presidente da Associação, “Sintra já foi, em outros tempos, pioneira nos apoios aos bombeiros. Hoje, concelhos como Oeiras, Cascais, Odivelas, dão mais apoio aos bombeiros do que Sintra”. Por isso, a instituição enfrenta diariamente algumas dificuldades económicas, apenas colmatadas com a boa vontade de quem trabalha, na maior parte das vezes de forma voluntária. A título de exemplo, apontaram o caso dos combustíveis, aos quais os bombeiros não têm qualquer ajuda ou desconto. Neste capítulo, o comandante Luís Pimentel foi peremptório: “Só quem abastece as viaturas é que percebe o custo envolvido em combustível. É um esforço financeiro tremendo com os apoios que temos”.

Ana Gomes quis saber das carências da instituição e os interlocutores desfiaram o rol: “Aponto, em primeiro lugar, duas carências enormíssimas: uma viatura de combate a incêndio urbano, e a outra é a protecção individual dos bombeiros da corporação. Temos apenas 20 a 30% dos nossos homens bem equipados”. Por seu lado, acrescentou o presidente da Associação: “Um outro problema com que nos deparamos, são os Grupos de Intervenção Permanente. Neste momento, temos dez homens divididos em dois grupos de cinco. Mas era necessário mais um grupo. O sr. comandante apresentou-me uma proposta: se cada junta de freguesia pagasse o ordenado de um homem, então estaríamos em condições de corresponder às necessidades”.

Entre a falta de fiscalização de armazéns, a preocupação com um eventual acidente ferroviário o um eficaz plano de acção em caso de sismo, passando pelo caótico estacionamento que dificulta o acesso aos prédios em caso de sinistro – sobretudo em São Marcos, a necessidade de mais ambulâncias de emergência, terminando com um novo projecto de assistência a idosos que os Bombeiros Voluntários de Agualva – Cacém gostariam de levar a cabo, faltando apenas o inevitável financiamento, tudo isto ouviu atentamente Ana Gomes e a restante delegação do Partido Socialista.

Para além das necessidades dos bombeiros locais, também serviu esta reunião ara perceber muitos dos problemas sociais daquela cidade.

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